Identificação de Necessidades

Essa deve ser a etapa inicial para a criação de um Fundo Comunitário eficiente e verdadeiramente transformador. A “Identificação das Necessidades” em relação aos fundos comunitários refere-se ao processo de identificar e compreender as necessidades e desafios enfrentados por uma comunidade, região ou grupos específicos. É uma etapa crucial para garantir que os fundos sejam direcionados de maneira eficaz e eficiente para abordar questões importantes e promover o desenvolvimento local.

Vou detalhar esse primeiro passo em sete tópicos prioritários que você dever seguir caso queira sucesso na construção de um Fundo Comunitário verdadeiramente eficaz, são eles:

  1. Coleta de informações: A primeira etapa é coletar informações detalhadas sobre a comunidade ou região em questão. Isso pode envolver a realização de pesquisas, entrevistas com os moradores, grupos de discussão e revisão de dados existentes. O objetivo é obter uma compreensão abrangente dos problemas, desafios, recursos disponíveis e potencialidades da comunidade. Como ninguém cria fundos comunitários do nada, pressupõe que essas informações já estejam previamente subintendidas nessa fase inicial.
  2. Análise de dados: Após coletar as informações, é necessário analisar os dados para identificar tendências, lacunas e prioridades. Isso pode envolver a revisão de estatísticas demográficas, indicadores socioeconômicos, análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), entre outros métodos de análise de dados. A análise ajudará a identificar as principais áreas que precisam ser abordadas pelos fundos comunitários. A partir dessa analise será possível saber onde o aporte financeiro será alocado.
  3. Consulta às partes interessadas: É essencial envolver as partes interessadas nesse processo. Isso inclui representantes da comunidade, líderes locais, organizações não governamentais, empresários, especialistas relevantes e outros atores-chave dentro da comunidade ou região que se pretende apoiar. Através de consultas, reuniões e discussões, as necessidades específicas e as perspectivas da comunidade podem ser levantadas e consideradas.
  4. Priorização das necessidades: Com base nas informações coletadas, na análise dos dados e nas consultas realizadas, é possível identificar e priorizar as necessidades mais urgentes e significativas da comunidade em questão. Essas necessidades podem incluir áreas como infraestrutura, educação, saúde, emprego, proteção ambiental, desenvolvimento econômico, inclusão social, entre outras. São inúmera as áreas e as necessidades que podem surgir a partir desse processo de priorização.
  5. Desenvolvimento de planos estratégicos: Uma vez que as necessidades tenham sido identificadas e priorizadas, é importante desenvolver planos estratégicos para abordar essas necessidades. Isso envolve a definição de metas e objetivos claros, a identificação de ações específicas a serem realizadas e a alocação de recursos necessários. Os planos estratégicos devem ser realistas, mensuráveis e orientados para resultados. Pode acontecer nessa fase de surgir muitos vieses ao que se pretende realmente e caso não aja uma priorização e definição clara da estratégia é muito comum à pessoa ou grupos de pessoas criadoras do fundo comunitário se perderam no processo.
  6. Elaboração de propostas de projeto: Com base nos planos estratégicos, é necessário elaborar propostas de projetos que descrevam as ações a serem realizadas para enfrentar as necessidades identificadas. Essas propostas devem incluir informações sobre os objetivos do projeto, atividades a serem realizadas, cronograma, orçamento e indicadores de monitoramento e avaliação.
  7. Submissão de propostas e avaliação: As propostas de projetos são submetidas aos responsáveis pela administração dos fundos comunitários. Estes avaliarão as propostas com base em critérios predefinidos, como a aderência aos objetivos dos fundos, viabilidade técnica e financeira, impacto esperado e sustentabilidade.